6/23/2006

O que me importa na vida.

É muito dificil nos despedirmos das fases da nossa vida, nos apegamos às coisas, às pessoas, aos ambientes, como se fossem coisas nossas, e desabamos quando se vão, dói como um amigo que vai embora, como um cão querido que morre, quando se termina um relacionamento, e é igualmente triste termos que nos despir da nossa antiga pele pra virar outra pessoa.

Mas nessa vida tudo passa, e é impermante como nós mesmos, que temos tempo de validade determinado, e vamos inevitavelmente morrer, por mais que queiramos nos agarrar à essa vida, ela nos escapa como água que escorre por entre os dedos. Então, não seria melhor desfrutar dessa água e sentir seu frescor sem se apegar à substancia em si?

A vida passa, e o que fica é o que carregamos dentro de nós! Somos um rio que corre, independente do que se interpõe à ele, somos alterados por coisas que na verdade são sem importância, e viajamos a vida inteira atribuindo valor a coisas completamente vazias, assim vamos construindo a nossa vida externa, e quando olhamos pra dentro, geralmente minutos antes da morte, olhamos pra trás o nos sentimos culpados pelo que deixamos de aproveitar, e rimos de tudo que fez a gente chorar tantas vezes!

Acho que o importante é ter experiências que te permitam transcender e que acrescentem algo de bom pra você, pras outras pessoas, pra sociedade e humanidade, como trocar idéias com uma pessoa legal, compartilhar um momento de intimidade com quem se ama, ou observar como um grilo produz o seu som, e não há nada no mundo que se compare à estas experiências, por isso temos quase por obrigação que ser inspirados pela vida e VIVOS de fato.

Viva, olhe, sinta! A perfeição está em sabermos amar o que temos, e não em buscar ter o que ama, porque aspirações são infinitas, e essa busca por objetivos sempre vai ser frustrante.

Viva a Vida!

6/21/2006

Começo no A termino no Z!

Se existe alguém no mundo que já viajou profundamente nos mais intimos segredos da chamada realidade menor, este alguém foi Arthur Schoppenhauer (na minha opinião).

A primeira vez que li Schoppenhauer eu estava num estado de espirito que me fez interpretá-lo bem para o lado pessimista da coisa, e concordei de cara com ele, que tudo era uma merda, que o homem está fadado ao sofrimento eterno, e além disso, busca-o com toda sua força, sendo levado inconscientemente por uma Vontade que o guia a agir de maneira que o faz pensar estar buscando a felicidade, quando na verdade está ele próprio criando seu sofrimento futuro, pelas aspirações nunca alcançadas, e que sabidamente nunca serão, uma vez que atingido um objetivo, já teremos outro objetivo maior em mente, e se desfrutamos um pouco da felicidade por ter conseguido o que queríamos, logo aquilo não tem mais a menor importancia pois já nos acostumamos, e queremos outra coisa, e isso se repete até a nossa inevitável morte.

Mas hoje não acho mais esta filosofia depressiva ou pessimista, e pelo contrário a enxergo como uma filosofia bastante realista, e quiçá otimista! O que Schoppenhauer fala é uma grande verdade para qualquer homem que vive e pensa um pouco na sua vida, sempre queremos mais! E acontece que essa chamada realidade é emanada e absorvida por nós mesmos de acordo com a nossa Vontade, mas uma vontade da qual não temos dominio, uma vontade de criação, que nos foi embutida desde nossa criação por (Deus?), e essa Vontade criadora nos impele a criar inconscientemente, e nós vamos fazendo da nossa vida um filme da qual somos os personagens principais, e vamos enxergando a 'realidade' como nos apraz...

Como num mundo de infinitas possibilidades, escolhemos uma delas a cada milionésimo de segundo para absorver com os sentidos e interpretá-la da maneira que achamos ser mais conveniente, essa é a nossa realidade, e esse é o nosso mundo de "Vontade" da nossa própria autoria. E é por isso que vivemos no sofrimento, porque queremos! Porque somos como macacos pilotando um ultra-computador complexo, e não sabemos controlar o poder da nossa mente, que é a criadora de tudo o que percebemos.

Então pense se alguma coisa realmente importa nesse mundo?!? Não. Mas nós não temos coragem de pular, de passar por essa vida como se estivessemos assistindo a um filme onde se sabe que é tudo ficção, e assim podermos fazer dele uma experiência mais agradável e menos preocupada com as sensações e vontades que aparecem na nossa cabeça...

Relaxxxxxxxxxxxxx...

Compre a pipoca gigante e refri, desliguem os celulares, enjoy the movie....
Don´t worry, be happy....