3/31/2011

This is your life! (Tyler Durden)

Essa é a sua vida.
Boa até a última gota,
Não fica melhor do que isso.
Essa é sua vida,
E está acabando um minuto por vez.

Isso não é um seminário,
Isso não é um retiro de fim de semana
De onde você está agora você não pode imaginar como será o fundo.
Somente depois de um desastre podemos ressucitar.
Somente após você perder tudo que você está livre pra fazer qualquer coisa.
Nada é estático, tudo é terrível,
Tudo está desmoronando.

Essa é sua vida,
Não fica melhor do que isso.
Essa é sua vida,
E está acabando um minuto por vez.

Você não é um floco de neve belo e único,
Você é a mesma matéria em decomposição como todo o resto.
Nós somos todos uma parte da mesma podridão
Nós somos a única merdda que dança no mundo.

Você não é sua conta bancária.
Você não é as roupas que veste.
Você não é o conteúdo da sua carteira.
Você não é seu câncer de intestino.
Você não é seu "Grande latte"
Você não é o carro que você dirige.
Você não é a porra da sua calça.

Você tem que desistir,
Você tem que desistir!

Você tem que ter consciência de que um dia você vai morrer,
Até saber disso você é inútil.

Eu digo: - Nunca me deixe estar completo.
Eu digo: - Que eu possa nunca estar contente.
Eu digo: - Me livre de móveis suecos!
Eu digo: - Me livre de sua arte inteligente.
Eu digo: - Me livre de pele limpa e dentes perfeitos.
Eu digo: - Você tem que desistir!
Eu digo: - Evolua, e deixe os pedaços caírem onde eles devem.

Essa é sua vida,
Não fica melhor do que isso.
Essa é sua vida,
E está acabando um minuto por vez.

Você tem que desistir.
Você tem que desistir.

(Tyler Durden - O Clube da Luta)

Sem maiores comentários, eu acho o filme e a música da trilha geniais, com uma mensagem genial pra quem tem olhos de ver.

3/17/2011

Os grilos


Encontro-me novamente sozinho, depois de tanto tempo... Havia me esquecido de como era bom ficar tranquilo em casa, livre!


Aprendemos muita coisa morando sozinho, coisas como: descobrir quem somos, do que gostamos, como agimos, os motivos de ser o que somos, as reações habituais, e mais.

Considero importantíssima essa experiência (ou pelo menos a busca de períodos de recolhimento e silêncio) pra quem está atrás de autoconhecimento, pois são importantes momentos em que podemos nos dedicar um pouco à tarefa de simplesmente ser e fazer uma observação do próprio comportamento físico e mental.

Essa experiência amplia a nossa capacidade de ser autêntico no contato com o outro e no contato com nossas próprias sensações, pensamentos e sentimentos. Vamos nos tornando mais autênticos, e apesar de ainda sofrermos com situações adversas na vida, conseguimos permanecer tranquilos pois não estamos violentando a nossa natureza. Decidir por nos expressar verdadeiramente, sem medo! É um grande passo.

Creio que o caminho espiritual e de desenvolvimento das potencialidades em geral é um caminho que produz vários resultados positivos para quem decide trilhá-lo, pois esse caminho nos ensina a aproveitar a experiência da vida e vivê-la em sua integridade, em todos os planos!

Os grilos cantam além da janela,
e de repente um texto.

3/12/2011

Ciclo vicioso

"As pessoas trabalham mais do que precisam
pra ganhar mais do que precisam
pra comprar coisas que não precisam
pra impressionar pessoas das quais não gostam"

(Eu tinha isso anotado à muito tempo no meu caderno, acho que vi em algum lugar, mas não sei onde...)

3/11/2011

Yin Yang

Na tristeza minha alma se esvai,
adormece e encontra forças.
Quando acordo me entrego à mim
e reconheço quem eu sou.

Na felicidade a minha alma,
na medida que me acalma,
me faz sentir que sou muito mais,
e dentro ou fora me encontro em plena paz.

O caminho

Assisti à pouco na internet uma entrevista do Bruce Lee. Fiquei impressionado com a lucidez e sabedoria desse ser-humano. O cara era muito foda, eu não fazia idéia. E ele disse algumas coisas que me fizeram refletir bastante a respeito do treinamento para ser autêntico (no caso dele utilizando a arte marcial, mas pode-se extender o entendimento à qualquer treinamento que nos torne mais autênticos).

Uma das coisas que ele diz que me fez refletir foi de que nós temos o instinto natural e o controle racional, e cada um desses ao extremo nos leva à posições não saudáveis, a primeira nos leva a ser fracos, vulneráveis e volúveis a qualquer vontade que surja, já que a fonte de desejos é inesgotável, e a segunda nos torna robôs mecanizados, sem acesso aos nossos desejos, e a medida está em alcançar um controle natural ou instinto racional, que nos levaria à um patamar de expressão competente dos nossos desejos naturais, fluindo sem esforço por uma confiança inabalável na razão e no instinto.

O caminho para essa confiança interna é o autoconhecimento. O autoconhecimento é a chave para uma vida mais inteira, e consequentemente, mais feliz, pois nos aproxima dos nossos desejos autênticos, nos mostra quem somos, e nos dá o poder de construção da própria realidade. Quanto mais fundo mergulhamos em nós mesmos, mais percebemos o que somos e o que podemos ser, percebemos o quão grande ou o quão pequenos podemos escolher ser, assumindo de fato as rédeas da própria vida.

Todo o conhecimento é no fundo uma forma de autoconhecimento pois todo o conhecimento nos forma e nos transforma, e ao sermos transformados somos lançados um degrau acima do que éramos, e nessa construção somos levados à refletir sobre a diferença entre que fomos e o que nos tornamos. Geralmente chegamos à essas reflexões naturalmente de forma mais apurada em idade avançada.

Mas o mais bonito é que não precisamos esperar até o fim da vida pra começar a constuir um conhecimento sólido acerca de nós mesmos. Podemos começar agora, e existem várias maneiras para se chegar ao Eu. Pode ser através da meditação, do estudo do ser humano, da exploração do próprio corpo, do contato autêntico com o outro, da construção de intimidade, da contemplação da natureza, da vida vivida com prazer, da espiritualidade vivida com o coração...

Existem infinitas maneiras de construirmos um caminho, o que importa é fazer desse caminho ao Eu uma experiência humana, no sentido mais belo que essa palavra pode ter. E sejamos felizes, cada um no seu caminho, estando dispostos a dar a mão aos nossos companheiros de existência que por ventura cruzem conosco para nos acompanhar nessa bela estrada. Boa viagem irmãos!

Link da entrevista pra quem quiser assistir!! (em inglês)

3/05/2011

O Encontro


Sorrio à cada encontro contigo,
mesmo que seja um breve momento
de expressão sem razão,
seja um olhar sem pretensão
ou com alguma intenção.

Eu me reconheço
e reconheço você,
sei quem és pelo brilho dos seus olhos,
e no reconhecimento mútuo
me torno alma!

O autocentrado

Ser autocentrado é uma merda! Ficar pensando sempre: "O que EU devo fazer?", "O que será que tal pessoa vai pensar de MIM?" são questões básicas de autocentramento. (Há maneiras mais claras e mais sutis de se elaborar a postura autocentrada, por exemplo a postura: "Não me importo com o que pensam de mim" exige uma platéia que aplaude essa conduta na maioria das vezes...) Nada de errado com elas ou com qualquer coisa em particular.

Mas o foco dessas questões estão no EU, MIM, como se o Eu fosse a coisa mais importante do mundo, e que o mundo deve satisfazer meus desejos me provendo prazer e felicidade sempre. E por que não o contrário? Por que não pensar: "O que posso fazer pelo MUNDO?", "Como eu posso ajudar o OUTRO?", essas já são questões que saem da posição autocentrada e se viram para o mundo externo, que é o que passa a ser o importante.

No fim percebe-se que os melhores momentos que vivemos na vida são aqueles nos quais conseguimos sair dessa posição autocentrada e conseguimos verdadeiramente compartilhar algo com uma outra pessoa, ou outras pessoas, seja virtualmente ou pessoalmente, seja escrevendo um texto ou conversando com uma pessoa, seja recebendo algo de coração aberto ou oferecendo algo pelo simples prazer de oferecer algo à outra pessoa.

Mas temos exemplos midiáticos que nos fazem acreditar que devemos buscar o prazer egoísticamente, é o EU, MEU, MINHA.. Sempre incentivando posturas de posse, relações onde eu possa lucrar, extrair, explorar, e isso nos torna pessoas infelizes, cada vez mais infelizes. E aí estão epidemias de depressão, estresse, doenças de toda ordem, e pessoas cada vez mais perdidas no mundo. Tudo isso por uma simples razão: A meta foi perdida. Nos perdemos dentro de uma armadilha criada pela sociedade e armada por nós mesmos.

Nos perdemos em prazeres temporários, como uma baleia que se levanta para respirar e logo mergulhamos novamente, de volta aos desejos que nunca acabam, como um oceano tentando a todo custo secar.

3/04/2011

O sabor do presente

Um  koan zen budista... dispensa comentários!


Certa vez, disse o Buddha uma parábola:
Um homem viajando em um campo encontrou um tigre. Ele correu, o tigre em seu encalço. Aproximando-se de um precipício, tomou as raízes expostas de uma vinha selvagem em suas mãos e pendurou-se precipitadamente abaixo, na beira do abismo. O tigre o farejava acima. Tremendo, o homem olhou para baixo e viu, no fundo do precipício, outro tigre a esperá-lo. Apenas a vinha o sustentava.

Mas ao olhar para a planta, viu dois ratos, um negro e outro branco, roendo aos poucos sua raiz. Neste momento seus olhos perceberam um belo morango vicejando perto. Segurando a vinha com uma mão, ele pegou o morango com a outra e o comeu.

"Que delícia!", ele disse.